Todos ouvimos as notícias entusiastas a respeito da marca de 500 milhões de usuários que o Facebook bateu na última quarta-feira, dia 21 de julho, mas o que isso realmente significa e será que isso realmente tem tanta importância? E através das inúmeras entrevistas em comemoração ao dia, choveram informações de quais rumos o Facebook irá tomar e dicas incríveis para usá-lo como ferramenta de negócios.

 Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg

Para começar, vale a pena conferir a entrevista com Mark Zuckerberg , fundador e CEO do Facebook feita pela ABC na sede da rede social.
Durante a entrevista Mark demonstra que não se preocupa com a repercussão do filme “The Social Network” que o ilustra com uma imagem egocêntrica; assume os erros cometidos em relação à política de privacidade, fala da necessidade de manter a publicidade para garantir o serviço gratuito, dos benefícios do uso livre da internet no ambiente de trabalho e de seu entusiasmo em relação às novas gerações no mundo online. A impressão que temos no final é de que o Facebook é uma empresa bilionária que consegue manter seus princípios e por isso ainda é muito divertida.

Em uma outra entrevista dupla para o autor de “The Facebook Effect” e o apresentador Guy Raz da “National Public Radio”, Mark matou ainda mais curiosidades relevantes sobre o comportamento de seus usuários e dicas para empreendedores. O blog All About Facebook selecionou as 7 mais importantes.

Mas e o tema principal dessa comemoração, o que significa ter 500 milhões de usuários?

O “The Economist” fez uma matéria perfeita sobre o tema.

Para começar a entender o tamanho da rede social, eles citam a conversa entre o ministro britânico David Cameron e Mark Zuckerberg, para marcar o apoio do Facebook à campanha de redução de gastos públicos; o que aumentaria o engajamento da população.

Outros dados apresentados falam das semelhanças entre o facebook e um país, sendo que com 500 milhões de usuários, a rede social seria a terceira maior nação do mundo. Mas, diferentemente de um país do “mundo real” como conhecemos, ele possui organizações horizontais definidas por interesses em comum e não por hierarquias (os grupos seriam como estados). Assim como um país, tenta estabelecer sua moeda oficial e pede o voto dos membros para mudar suas regras.

A missão defendida pelo Facebook é tornar o mundo mais aberto e conectado e torná-lo mais próximo da “Vila Global” prevista nos anos 60 por Marshall Mucluhan, um futurologista que eles amam. “O Facebook antecipa uma série de questões que acreditávamos que chegariam somente na próxima geração”, diz Edward Castronova professor da Universidade de Indiana. Entre as questões levantadas estão:
– O impacto das moedas virtuais na economia. (Ex. O governo chinês proibiu o uso de moedas virtuais na compra de produtos reais, em parte devido ao medo do impacto sobre o Yuan.)
– O fato de o log in do Facebook ser utilizado por empresas para permitir o acessos de seus funcionários em outros sites na Web, criando uma espécie de passaporte, o que poderia ser usado para fins governamentais.
E as negociações diplomáticas da rede social são tão inconstantes quanto as do “mundo real”.  Após a conversa com o ministro David Cameron, o Facebook negou-se a retirar mensagens postadas em tributo a um assassino e em troca foi repreendido pelo governo britânico.
Para fechar a matéria o “The Economist” afirma: “O Senhor Zuckerberg pode não ter nenhum terrítório, mas está determinado a defender sua posição”.